sexta-feira, 11 de maio de 2012

As 10 lições que o filme “Os Vingadores” podem ensinar à Igreja




Aproveitando o sucesso do filme “Os Vingadores”, o pastor Greg Stier, que trabalha com jovens e lidera o ministério de evangelismo “Ouse compartilhar”, escreveu um breve estudo para o The Christian Post com objetivo de causar reflexão sobre como o trabalho em conjunto pode levar a igreja a vencer sempre.

Nesse artigo ele passa dez lições tiradas do filme conseguindo encontrar ligações bíblicas para que os cristãos entendam a mensagem pensando em batalha espiritual. Por exemplo, o escudo do Capitão América (interpretado pelo ator Chris Evans) pode ser interpretado como escudo da fé descrito no livro de Efésios.
Mas não são apenas as armas desses super-herois que podemos ligar as mensangens da Bíblia, todos eles são chamados para a missão de salvar as pessoas. Stier então cita o versículo 27 de Filipenses 1 que diz para combatermos juntos com o mesmo ânimo pela fé do evangelho.
Com um orçamento estimado em US$ 300 milhões, o filme promoveu o encontro dos hérois dos quadrinhos Thor, Homem de Ferro, o Incrível Hulk e Capitão América . Ao quarteto de superpoderosos une-se uma dupla de agentes, a Viúva Negra e o Gavião Arqueiro, sob o comando do chefe da S.H.I.E.L.D., a agência que procura proteger o mundo, Nick Fury.
O filme “Os Vingadores” entrou em cartaz no dia 27 de abril e em seus três primeiros dias arrecadou mais de US$ 200 milhões , a melhor estreia da história do cinema.


Confira as lições:

1. É difícil fazer com que eles lutem juntos, mas quando decidem fazê-lo, as pessoas são salvas (Filipenses 1:27).
2. Eles aprenderam a lidar bem com as diferenças (Gálatas 3:28).
3. Bruce Banner (Hulk) tem um grande “poder interior” que ele pode usar a qualquer momento (Efésios 6:10).
4. O Homem de Ferro tem uma armadura impenetrável e sabe como usá-la (Efésios 6:13).
5. O Capitão América tem um poderoso escudo e sabe como usá-lo (Efésios 6:15).
6. Thor empunha uma arma capaz de destruir o inimigo (Efésios 6:17).
7. Hulk não se curva diante de outros deuses [Thor, Loki] (Êxodo 20:3).
8. Eles não têm um plano de ataque. Eles só têm um plano… ATAQUE! (Tiago 1:22).
9. Seu líder tem cicatrizes (Isaías 53:3-6).
10. Eles estão unidos por um objetivo comum (Mateus 28:18-20).



Fonte: Gospel Prime



O  pastor muito mandou bem. Aproveitou o sucesso e o alcance único e proclamou, sem comprometer a mensagem.

Genizah

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Salmos 23

Ed René Kivitz:

“Deus conosco - Isso me leva a crer que as afirmações de Davi no Salmo 23 devem ser interpretadas de outra maneira...”




O Salmo 23 é o testemunho de Davi a respeito de seu relacionamento com Deus. Revela a maneira como Davi percebia e experimentava Deus. Caso alguém pedisse a Davi que descrevesse o seu Deus, ele diria Deus é o meu Senhor/Pastor, é Aquele que me supre, guia, restaura, acompanha na adversidade, protege dos inimigos e me cobre de misericórdia e bondade. Uma leitura teológico-sistemática diria que Deus pode ser chamado de Provedor (águas tranqüilas, pastos verdes, e refrigério para a alma), Condutor (guia pelas veredas da justiça) e Protetor (vara e cajado no vale da sombra da morte, mesa farta na presença dos inimigos, bondade e misericórdia todos os dias) dos seus filhos.

Mas devo confessar minhas incredulidades. Caso você me pergunte se creio em Deus como meu Provedor, a resposta é um peremptório SIM. Mas se perguntar se isso significa que creio que jamais passarei por privações financeiras, jamais ficarei desempregado, jamais endividado, jamais irei mal nos negócios, jamais ficarei mais pobre do que sou hoje, jamais precisarei da ajuda de terceiros, a resposta desta vez é um peremptório NÃO.

Caso você me pergunte se creio em Deus como meu Condutor, a resposta é um peremptório SIM. Mas se perguntar se isso significa que creio que jamais tomarei decisões erradas, jamais escolherei o caminho da injustiça, jamais terei meus planos frustrados e castelos desmoronados, jamais ficarei indeciso e sem saber para onde ir, desta vez a resposta é igualmente um peremptório NÃO. Igualmente, caso você me pergunte se creio em Deus como meu Protetor, a resposta é um peremptório SIM. Mas se perguntar se isso significa que creio que jamais serei tocado pelas fatalidades, jamais serei alcançado pela tragédia, jamais serei ferido pela maldade, jamais serei injustiçado, jamais sofrerei perdas ou danos, mais uma vez a resposta é um definitivo NÃO.

A convicção quanto à provisão, orientação e proteção de Deus não nos isenta das possibilidades de fracassos, fatalidades, privações e ferimentos, tudo isso, ônus do direito de viver. A própria biografia de Davi me autoriza a tal afirmação. O início de sua trajetória rumo ao trono foi marcado por perseguição e ódio. Seu primeiro exército foi composto da escória da sociedade: endividados, angustiados e pessoas descartadas pela sociedade de então. Davi teve um filho que estuprou uma filha e depois foi assassinado pelo irmão. Depois disso, Davi usurpou seu poder de Rei e tomou para si a mulher de um de seus comandantes militares, que mandou matar: adultério e assassinato. O filho de seu adultério foi morto por ato disciplinar de Deus. O filho fratricida se revoltou contra sua autoridade e liderou uma rebelião no reino de Israel. Este filho rebelde foi morto pelo exército real e depois Davi teve que comparecer diante do povo para agradecer e honrar os assassinos do seu próprio filho, por quem chorou, desejando ter morrido em seu lugar. Qualquer pessoa poderia questionar que tipo de Provedor, Condutor e Protetor é esse que permite uma biografia marcada por tragédias, crimes, ódios, e pecados suficientes para determinar a infelicidade crônica de qualquer mortal.

Isso me leva a crer que as afirmações de Davi no Salmo 23 devem ser interpretadas de outra maneira, distinta daquela que nos leva a crer que Deus nos coloca dentro de uma bolha de bem-estar, conforto, e prosperidade inabaláveis. Por esta razão, creio que a expressão que sustenta o relacionamento entre Davi e Deus não apresenta Deus como Provedor, Condutor ou Protetor. Estas dimensões do relacionamento pertencem a Deus, e nas mãos de Deus está a prerrogativa de como prover, conduzir e proteger os seus. A expressão que determina a qualidade do relacionamento entre Davi e Deus é tu estás comigo. Caso você pedisse a Davi que descrevesse o seu Deus, ele deixaria de lado a teologia sistemática e falaria com o coração: Deus é meu grande companheiro. Ele está sempre comigo. Esteve comigo na caverna de Adulão. Esteve comigo quando Saul corria atrás de mim para me matar. Esteve comigo quando meus filhos se matavam e se odiavam. Esteve comigo quando eu não soube o que fazer para estancar o ódio dentro da minha casa. Esteve comigo quando eu andava pela escuridão usurpando, matando, mentindo. Esteve comigo quando meu filho conspirava contra mim. Esteve comigo quando eu precisei superar a minha dor para resguardar a autoridade do meu exército e preservar a unidade do exército e do povo. Deus é meu grande companheiro.

Minha leitura deste Salmo 23 me ensinou duas coisas essenciais. Primeiro, me ensinou que não devo basear meu relacionamento com Deus naquilo que Deus pode fazer por mim, mas sim naquilo que Deus pode fazer em mim. As expectativas que tenho a respeito de Deus não estão relacionadas ao que Ele pode fazer em minhas circunstâncias, mas sim ao que Ele pode fazer em meu coração.

Afirmar o Senhor é meu Pastor e nada me faltará implica um caminho livre de ansiedade e repleto de satisfação. Espero que o dia da escassez nunca bata à minha porta, mas se chegar, o que mais espero é poder dizer que aprendi a estar contente em qualquer situação, porque Deus está comigo, e posso superar qualquer circunstância ruim naquele que me fortalece.

Afirmar que ele me conduz às águas tranqüilas, aos pastos verdejantes e restaura a minha alma, implica um caminho de serenidade e saúde emocional. Tenho certeza que Deus tem o seu caminho no meio da tormenta, e mesmo no deserto, me levará aos mananciais onde poderei ser restaurado no corpo e na alma. Espero jamais passar pelo que Paulo apóstolo passou, mas caso necessário, o que mais espero é também poder dizer que combati o bom combate, terminei a carreira e guardei a fé: estou inteiro e passaria por tudo novamente.

Afirmar que Deus prepara uma mesa na presença dos meus inimigos e unge a minha cabeça com óleo, implica um caminho onde a alegria é possível mesmo quando o que é mal está diante dos nossos olhos. Espero que o ódio do mundo e do mal não se materializem contra mim de forma tão visível e explícita, mas caso aconteça, espero muito mais ter a coragem de continuar em frente, com os olhos fitos na mesa posta pelo Bom Pastor que me prometeu vida abundante no meio dos lobos.

A segunda coisa que aprendi lendo o Salmo 23 é que não devo basear meu relacionamento com Deus naquilo que Deus pode fazer por mim, mas no que eu posso fazer tendo um Deus como Ele. Diante dos vales de sombra da morte, não devo ficar esperando que Deus me leve para longe do vale, ou que Deus afaste do vale a sombra da morte. No dia em que tudo ficar escuro, espero não me deixar tomar por um espírito de covardia, mas me levantar movido pelo espírito de amor, moderação, e poder, para atravessar o vale com a dignidade que somente os que afirmam Deus está comigo podem ter.

Que venha o futuro ou melhor, eu vou ao futuro sentado na confortável poltrona 23.